Servidores públicos definem datas de paralisação geral por salários

Movimento foi convocado pelo Fonacate e tem ganhado adesão de outras categorias de servidores que buscam por reajustes

Mariane Veiga

Publicado em: 08/01/2022 às 16:54 | Atualizado em: 08/01/2022 às 16:58

Servidores públicos federais farão uma paralisação e um protesto na frente do Ministério da Economia em 18 de janeiro para cobrar reajuste salarial do governo de Jair Bolsonaro (PL).

O movimento é organizado por servidores de carreira, mas também deve receber o apoio da base do funcionalismo público federal.

A paralisação do dia 18 faz parte do calendário de mobilização do Fonacate, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, que representa a elite do funcionalismo público federal.

O calendário foi aprovado no fim de dezembro, logo depois do presidente Bolsonaro indicar que dará reajuste salarial para os policiais federais neste ano.

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Salários congelados

Os servidores reclamam que as outras categorias do funcionalismo público estão com os salários congelados desde 2017 e também devem ter aumento salarial.

Pelos cálculos do Fonacate, os salários dos servidores estão defasados desde 27,2% e 26,3% dessas perdas foram registradas apenas no governo Bolsonaro.

Segundo o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, os servidores vão cruzar os braços e protestar na frente do Ministério da Economia para cobrar reajuste salarial em 18 de janeiro.

Outros dias de mobilização já estão marcados para 25 e 26 de janeiro. Além disso, o Fonacate diz que os servidores podem entrar em greve em fevereiro caso não abram um canal de diálogo com o governo ate o fim do mês.

Categorias

Rudinei Marques afirma que a adesão ao movimento está “muito boa”. Segundo ele, o calendário de mobilização foi aprovado por unanimidade pelas mais de 30 carreiras do funcionalismo público federal que integram o Fonacate e também tem ganhado a adesão de outras entidades do serviço público federal.

O Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), por exemplo, deve reforçar as manifestações.

O Condsef representa a base do funcionalismo público federal, o chamado carreirão.

O Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) também fará uma reunião na próxima sexta-feira (14) para avaliar se participará do movimento.

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Foto: José Cruz/Agência Brasil