Secretária da Susam apoia operação do MP-AM e nega superfaturamento
Operação do MP-AM cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Susam, residência de empresários, de servidores e de ex-secretários

Israel Conte
Publicado em: 10/06/2020 às 13:39 | Atualizado em: 10/06/2020 às 13:44
A secretária de Estado de Saúde (Susam), Simone Papaiz, afirmou que não houve superfaturamento na compra de respiradores para o enfrentamento à crise do novo coronavírus (Covid-19).
E apoiou a Operação Apneia do Ministério Público do Estado (MP-AM) deflagrada na manhã desta quarta-feira, dia 10, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão.
A sede da Susam, residência de empresários, de servidores e de ex-secretários de Estado foram alvos da operação.
De acordo com o MP-AM, os elementos de prova colhidos, até o presente momento, apontam direcionamento da empresa escolhida para fornecer equipamentos médicos para a Susam, além de fortes evidências de superfaturamento.
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Simone Papaiz afirmou que não houve superfaturamento, mas sim um desequilíbrio no mercado de respiradores por causa da pandemia.
“Não houve superfaturamento. Não houve sobrepreço. O que há, não só no Amazonas é o desequilíbrio no mercado para esses equipamentos. (…) O valor que era praticado no mercado nacional e internacional antes da pandemia é totalmente diferente dos atuais dentro da pandemia”, declarou.
A titular da Susam disse ainda que dois critérios foram utilizados para escolher a FJAP Importadora, que tem como nome fantasia Vineria Adega
Foi esta empresa que importou os ventiladores pulmonares por R$ 2,9 milhões.
“Consideramos menor preço e prazo de entrega. Não dava para esperar 180 dias para salvar vidas”, disse a secretária.
Papaiz afirmou ainda que a apoia a operação do MP-AM e que a secretaria não nega informações aos órgãos de fiscalização.
“É interesse do governo [fazer] a coisa mais transparente possível. Existe uma sindicância para apurar, deixar mais claro, evidenciado, junto com a CGE (Controladoria-Geral do Estado)”, afirmou a secretária.