Temer promete mostrar no STF não ter “culpa no cartório”

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 18/05/2017 às 15:53 | Atualizado em: 18/05/2017 às 15:55

O presidente Michel Temer (PMDB) disse na tarde desta quinta-feira, dia 18, que não irá renunciar ao cargo e exigiu uma investigação rápida na denúncia em que é citado, para que seja esclarecida.

“Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dúvida não pode persistir por muito tempo”, disse Temer, em pronunciamento.

“Não renunciarei. Repito: não renunciarei”, disse.

Segundo o presidente, a investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) será território onde surgirão todas as explicações.

“No Supremo, demonstrarei não ter nenhum envolvimento com esses fatos”, disse Temer.

Na noite de ontem, dia 17, o jornal O Globo divulgou reportagem sobre encontro gravado em áudio pelo empresário Joesley Batista, em que Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Cunha está preso em Curitiba.

Hoje o ministro-relator da operação Lava Jato no STF, Edson Fachin, homologou a delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS, e abriu inquérito para investigar o presidente Temer.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil