Três meses após declarar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) volta a analisar ações que investigam a campanha dele à reeleição.
Nesta terça-feira (10/10), serão julgados três processos que tratam da suspeita de uso dos palácios do Planalto e da Alvorada para fins eleitorais.
Diferentemente do julgamento anterior, o Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu a rejeição desses processos.
As ações envolvem alegações de abuso de poder político, como o uso de estrutura presidencial para transmissões ao vivo e eventos eleitorais.
Em caso de nova condenação, Bolsonaro será novamente considerado inelegível, mas não haverá soma dos prazos.
O vice na chapa, Walter Braga Netto, também é alvo das ações.
PL
A inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), definida nessa sexta-feira (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não abalou os planos do Partido Liberal para as eleições de 2024.
Presidida por Valdemar Costa Neto , a legenda pretende manter a meta de conquistar mais de mil prefeituras no próximo pleito municipal. Em 2020, a sigla elegeu 345 prefeitos.
Nos últimos dias, Bolsonaro e nomes ligados ao PL têm debatido sobre os próximos passos tomados pela legenda a partir de agora.
Ao longo da semana, lideranças do PL afirmaram ao Metrópoles que, caso a inelegibilidade se concretizasse, Bolsonaro se tornaria o “maior cabo eleitoral” do partido.
Nas redes sociais, Valdemar ressaltou qual será o papel do ex-presidente a partir de agora.
“Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao presidente Bolsonaro. Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da nação. E o resultado disso será registrado nas eleições de 2024 e 2026. Mais do que nunca, o Brasil precisa de força. É hora de superação. Bolsonaro é o maior líder popular desde a redemocratização e vai continuar sendo”, escreveu.
A promessa de eleger mil prefeitos foi feita ainda em junho por Valdemar, e mantida mesmo após a condenação de Bolsonaro.
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“Nós devemos eleger mil prefeitos nas eleições de 2024 com os nossos 99 deputados federais e os 129 deputados estaduais que temos. Agora, se juntarmos com a força de Bolsonaro, devemos eleger em média 1.500 prefeitos no Brasil. Vamos bater o recorde”, escreveu o político no Twitter, em 17 de junho.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil