TSE compartilha com STF, TCU e MPE dados que condenaram Bolsonaro
Informações podem ser usadas em novas frentes de investigaĂ§Ă£o

Publicado em: 07/07/2023 Ă s 22:16 | Atualizado em: 07/07/2023 Ă s 22:34
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou nesta sexta-feira (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal de Contas da UniĂ£o (TCU) e MinistĂ©rio PĂºblico Eleitoral as provas reunidas na aĂ§Ă£o que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder polĂtico.
Dessa forma, Bolsonaro, condenado tambĂ©m por uso indevido do meio de comunicaĂ§Ă£o, se tornou inelegĂvel.
Por 5 votos a 2, o TSE puniu o ex-presidente por ter usado estrutura e dinheiro pĂºblico para, durante uma reuniĂ£o com embaixadores no PalĂ¡cio da Alvorada, em 2022, atacar e mentir sobre o sistema eleitoral.
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Provas
Portanto, o material do TSE foi encaminhado para o Supremo conta com um inquĂ©rito que investiga atos antidemocrĂ¡ticos e outro que apura a atuaĂ§Ă£o de uma milĂcia digital contra as instituições.
A partir do compartilhamento desses dados, os Ă³rgĂ£os poderĂ£o tomar novas medidas sobre os fatos investigados. O TCU, por exemplo, pode abrir uma tomada de contas especial.
Em eventual decisĂ£o do TCU, os oito anos da inelegibilidade valem a partir da data do trĂ¢nsito em julgado (fim do prazo de recursos), o que levaria a inelegibilidade para alĂ©m de 2031.
Pela decisĂ£o do TSE, os oito anos sĂ£o contados a partir de 2 de outubro de 2022 (primeiro turno das eleições), ou seja, Bolsonaro seria considerado elegĂvel em 2030 porque a eleiĂ§Ă£o deve ser em 6 de outubro.
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Foto: Marcelo Camargo/AgĂªncia Brasil