O presidente da Câmara Municipal de Manaus, Joelson Silva (PSDB), avaliou como positiva a atitude do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), de enviar nesta quarta, dia 9, representantes ao parlamento para dar explicações sobre o caso Flávio.
Entre as principais explicações cobradas pelos vereadores estavam o uso de veículo oficial e a presença de policial da Casa Militar da Prefeitura de Manaus no local do homicídio do engenheiro Flávio dos Santos, crime ocorrido de 29 para 30 de setembro.
O servidor foi visto pelas câmeras de vigilância do condomínio Passaredo, na zona oeste de Manaus, dirigindo um carro oficial da prefeitura. Nesse endereço reside Alejandro Molina, filho da primeira-dama e enteado do prefeito. Em depoimento ao delegado do caso, o policial disse que agiu por iniciativa própria, sem ordem superior para isso.
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Apuração interna
Escalados para essa reunião na câmara, o secretário de Articulação Política, Luiz Alberto Carijó, e o procurador-geral do município, Rafael Albuquerque, afirmaram que dois procedimentos já foram abertos na prefeitura para apurar o ocorrido.
Ambos afirmaram categoricamente que o militar não recebeu nenhuma ordem superior para se fazer presente à residência onde a ocorrência criminal teria se iniciado.
Disseram eles que Arthur mandou apurar os fatos e, “se for necessário, haverá punições dentro do rigor e da delimitação da lei”.
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Esclarecimentos satisfatórios
Silva disse que a reunião serviu como demonstração de transparência e respeito à sociedade e que os esclarecimentos prestados foram satisfatórios.
“Nós vamos continuar cumprindo o nosso papel com imparcialidade, tranquilidade, serenidade, que é o mais importante aqui nesta casa”, disse.
Diante de questionamentos de que o prefeito pudesse ter autorizado a ida do militar à casa, Carijó e Albuquerque descartaram qualquer envolvimento dele no episódio.
“O prefeito estava em um procedimento médico, sedado, no hospital Adventista”, disse Carijó.
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Viagem de Alejandro
Além de responder sobre o servidor e o carro, os representantes da prefeitura também foram abordados em outras questões l evantadas por 19 dos 38 vereadores presentes à reunião.
Uma delas foi sobre a viagem de Alejandro para o Rio de Janeiro no dia do crime, na companhia de dois servidores da prefeitura.
“Não houve dinheiro nem passagem paga pela prefeitura, e nenhum deslocamento pago com o erário”, disse o secretário.
Foto: Divulgação/Câmara