Vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) pediram cautela sobre eventual interferência política nas investigações do caso Flávio.
Na sessão desta segunda-feira, dia 7, parlamentares do PSDB, MDB, DEM, PSD e PTC falaram em prudência, parcimônia e derrubaram solicitação de requerimento do vereador Chico Preto (PMN), que pedia informações da Casa Militar da Prefeitura de Manaus, sobre os servidores e veículo envolvidos no caso.
O engenheiro da Ambev Flávio dos Santos foi visto por último no domingo, dia 29 de setembro, na casa de Alejandro Valeiko, filho da primeira-dama de Manaus. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, assassinado com seis facadas.
“Deixe a Justiça fazer o papel e apontar os envolvidos. Gostaria que meus pares e a população entendessem que essa Casa não tem poder de polícia, mas sim de fiscalizadora”, alertou o líder do prefeito Arthur Neto na Câmara, vereador Marcel Alexandre (PSDB).
“Não vejo outro caminho senão o da prudência. O requerimento solicita informações dos servidores e do veículo, mas como? Na justificativa verbal isso se conduz para um fato policial. Se for para isso, peço que os vereadores se acautelem e vamos passo a passo”, completou o vereador Marcel, ao votar contra o requerimento.
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Citado pelos colegas como um dos parlamentares que teve a fala mais prudente e cautelosa, o vereador professor Gedeão Amorim (líder do MDB), disse que se fosse aprovado o pedido, não contribuiria nas investigações e discussões ainda em andamento.
“Qualquer coisa que fizermos aqui, estaremos trazendo problemas para essa Casa e para o caso. Portanto, de bom senso, penso que devemos nos acautelar”, afirmou de sua bancada.
Já o vereador Cel. Gilvandro Mota (PTC) lembrou que no artigo segundo, do regimento interno da Casa Militar do município, está claro que o órgão é responsável pela segurança pessoal do prefeito e de sua família.
“Existe uma legislação da própria Casa Militar que garante a proteção da pessoa do prefeito e de sua família. Deixem que as investigações apurem os fatos. Temos que ter cuidado, enquanto vereadores. Antes desse juízo de valor, deixemos a investigação seguir”, declarou.
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Outros vereadores concordaram com a derrubada do requerimento e destacaram seus votos em pronunciamento. “Quem tem que solicitar essas informações é a polícia”, afirmou o vereador Raulzinho (DEM). “Peço parcimônia. Que possamos aguardar as investigações. A própria polícia já disse que não há envolvimento do prefeito”, reforçou o vereador Dante (PSDB).
“É muito cedo, o caso é muito recente e nos anteciparíamos ao aprovar isso”, completou o líder do PSD, o vereador Gilmar Nascimento.
*Com foto e informações das assessorias de imprensa.