Vice da Câmara diz que aliança Lula-Alckmin reconciliará país 

Marcelo Ramos rebateu um líder petista para quem o ex-governador precisa se posicionar sobre as bandeiras do PT para formar aliança

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 07/02/2022 às 17:22 | Atualizado em: 07/02/2022 às 17:59

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, que vai se filiar esta semana ao PSD, palpitou sobre a formação da chapa Lula-Alckmin à Presidência da República. 

Numa postagem no Twitter, nesta segunda-feira (7), Ramos rebateu o deputado federal Rui Falcão (SP), ex-presidente do PT, para quem o ex-governador de São Paulo precisa se posicionar sobre as bandeiras petistas para formar a aliança.  

Falcão é do grupo petista contrário a chapa. “Já me manifestei, todos conhecem minhas posições, falei da trajetória passada do governador Alckmin em São Paulo. Aguardo inclusive que ele se manifeste publicamente em relação ao que pensa das bandeiras que o PT defende”, disse ele ao Antagonista. 

O deputado amazonense, que também é vice-presidente do Congresso, afirmou que o processo deveria ser inverso. 

“É o contrário! É o Geraldo Alckmin com as suas convicções que pode dar a essa aliança o equilibro e a moderação necessária para reconciliar o país e reencontrar o caminho do diálogo e da moderação que leva a reconciliação nacional e a prosperidade”, defendeu. 

Na semana passada, Ramos avaliou como improvável a filiação de Alckmin no PSD para ser vice de Lula, uma vez que o seu partido terá candidato a presidente: o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG). Alckmin deve se filar ao PSB.

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“Uma coisa é o PSD fazer uma composição em algum momento com Lula e indicar alguém do PSD para lá. Outra coisa é Lula colocar alguém do PSD para ocupar a vaga que é do PSD. Um partido que quer reafirmar a sua independência não vai se permitir [a isso]. E eu acho que o PSD não se permitirá isso”, disse ele ao Poder 360. 

Quanto a um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o deputado diz que estará no palanque do petista. 

“Não tenho dúvidas e, se tivesse, não teria me filiado, de que em um segundo turno como esse, o PSD está muito mais próximo do que significa o Lula do que o que significa o Bolsonaro para o futuro do Brasil”, disse. 

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados 

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