“Volta às aulas presenciais é para reduzir a desigualdade”, afirma Wilson 

Cerca de 100 mil alunos retornaram às aulas presenciais na última segunda-feira. Sindicato viu atitude precipitada por conta da pandemia e deflagrou greve

Wilson leva a Brasília pedido para Bolsonaro mudar de postura

Israel Conte

Publicado em: 11/08/2020 às 12:41 | Atualizado em: 11/08/2020 às 12:43

O governador Wilson Lima (PSC) afirmou que o retorno às aulas presenciais nas escolas de ensino médio do estado tem o papel fundamental de reduzir a desigualdade entre alunos da rede pública e privada.

“Estamos voltando para cumprir um papel social fundamental que é reduzir a desigualdade. Por que a escola particular pode voltar e a pública, não? Quanto mais o tempo passa, pior é para esses alunos que tiveram prejuízo por estarem tanto tempo fora da sala de aula. Precisamos dar oportunidade iguais a todos”, disse o governador nesta terça-feira, dia 11.

Wilson garantiu que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) junto à Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) têm “tomado atitudes de forma responsável e se cercado de todos os cuidados necessários para que volta às aulas ocorra com segurança”.

As declarações foram dadas durante o lançamento do programa Rocam Motos, em que o governo entregou 60 motos para patrulhamento em áreas de difícil acesso, como becos e vielas.

 

Greve

Nesta segunda-feira, dia 10, cerca de 100 mil alunos do ensino médio e da modalidade de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) retornaram às aulas presenciais.

A volta acontece cinco meses após a suspensão das atividades por conta da pandemia do novo coronavírus, e um mês após o retorno das escolas particulares.

 

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A retomada das aulas presenciais, no entanto, foi motivo de instalação de greve coordenado pelo Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical).

O sindicato vê a atitude como precipitada, embora haja redução de casos e mortes no Amazonas, ampliação dos leitos e baixa taxa de ocupação nas UTIs.

Hoje, o ato convocado contra a decisão do governo reuniu cerca de 20 professores no Palácio da Compensa.