O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Wilker Barreto (PHS), enviará documento oficial para o jornal Folha de S. Paulo com números e indicadores oficiais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
O chefe do legislativo municipal considerou “tendenciosa e maldosa” a matéria publicada pelo impresso no domingo, dia 3, que deixou implícito o desejo de parte da sociedade paulista de ver o povo da região voltar à floresta e viver da extração de essências e da coleta de frutos. A reportagem atribui ainda ao modelo econômico Zona Franca de Manaus (ZFM) grandes custos para o governo federal e pouco retorno para o País e para a região Norte.
Barreto afirmou que os sulistas desconhecem os números do modelo econômico, ao defender que a ZFM é um modelo superavitário, 3º maior contribuinte de Impostos Federais. “O que eles querem é trabalhar com a desinformação. A cada R$ 1,00 real de impostos federais recolhido, 70% retorna para a União e 30% fica como incentivo”, informou o presidente.
“É obrigação desta Casa, mesmo não sendo dessa esfera e nem de alcance do Parlamento Municipal, não se calar no que refere à Zona Franca de Manaus. A matéria é absurda e tendenciosa”, completou Barreto.
Em Brasília
Na ocasião, Wilker solicitou aos parlamentares mais atenção à movimentação e discussão na Câmara Federal sobre a criação da Zona Franca no Estado do Espírito Santo (ES) e citou a política extrativista do Estado do Pará, que é menos lucrativa tributariamente do que a ZFM.
“O extrativismo hoje no Pará, que liquida a biodiversidade da Amazônia naquela região, é menos lucrativo em nível de impostos que o nosso modelo econômico. Aqui não estou fazendo crítica aos nossos irmãos paraenses, eles precisam sobreviver como a nossa região também terá de sobreviver caso perca a ZFM. Nesse caso sou o primeiro a defender o extrativismo. O povo do Amazonas não passará fome para que o Brasil “banque” o sudeste às custas da miséria do nosso povo, como se fosse um País que cuida do meio ambiente”, desabafou Wilker.
Para Wilker Barreto, a matéria, de várias páginas, foi direcionada ao público do Sul e Sudeste com o propósito de influenciar as votações no plenário da Câmara Federal para que os incentivos da ZFM sejam literalmente extintos da política econômica do Brasil.
*Com informações da assessoria.