Wilson pede agilidade na compra de vacina em reunião em Brasília

Convocada pelo presidente Jair Bolsonaro, representantes do Executivo, Legislativo, Judiciário e de governadores das cinco regiões do país sentaram-se à mesa para unir esforços contra o coronavírus

wilson, agilidade, compra, vacina, brasilia

Publicado em: 24/03/2021 às 19:08 | Atualizado em: 25/03/2021 às 17:26

Da Redação do BNC Amazonas em Brasília

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) participou, nesta quarta-feira, dia 24, da reunião, ocorrida no Palácio da Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos demais poderes da República, para tratar um plano nacional de combate e enfrentamento à covid-19. 

Ao apresentar as demandas do estado, o governador pediu vacinação em massa e equilíbrio de medidas restritivas para reduzir a circulação do vírus sem interrupção total das atividades econômicas. 

“Eu fiz um apelo ao presidente da República para que haja agilidade no processo de compra de vacinação e que a gente tenha a disponibilidade da maior quantidade possível de doses”, informou Wilson Lima.  

O governador do Amazonas também sugeriu que haja também um equilíbrio entre a proteção da vida e a flexibilização das atividades econômicas. 

“As pessoas precisam continuar com seu emprego, continuar garantindo o sustento das suas famílias”, declarou o chefe do Executivo amazonense.

Comitê nacional 

No encontro, comandado por Bolsonaro, que reuniu representantes do Legislativo, Judiciário e governadores convidados, ficou definida a criação de um comitê que se reunirá semanalmente e, ainda, que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, será o encarregado de levar para o grupo os pleitos dos governadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF) não participará diretamente do comitê porque no decorrer da execução das ações poderá haver alguma demanda judicial, comprometendo, desse modo, o julgamento dos processos.  

Mas, o presidente da suprema Corte, ministro Luiz Fux, disse que o Poder Judiciário verificará estratégias para evitar a judicialização das medidas a serem adotadas. Ele justificou que a judicialização é um fator que leva à demora na tomada de decisões.

Vacinação em massa 

Além da criação do comitê, Jair Bolsonaro defendeu a vacinação em massa dos brasileiros.  

“A nossa união, o nosso esforço entre os três Poderes da República, ao nos direcionarmos para aquilo que realmente interessa, sem que haja qualquer conflito, creio que seja o caminho para o Brasil sair dessa situação bastante complicada”, declarou o presidente.

Demandas do Amazonas  

A pauta defendida por Wilson Lima foi entregue ao novo titular do Ministério da Saúde (MS), Marcelo Queiroga. 

No documento, o governador alertou para a necessidade de inserir as gestantes e puérperas – mulher que teve filho há pouco tempo – no grupo de risco para vacinação. 

Além de um orçamento para a saúde maior do que foi aprovado pelo Parlamento e do maior controle sobre a prioridade na compra de insumos para assistência à saúde. 

“Hoje, por exemplo, muitos estados enfrentam problemas para adquirir kits para intubação de pacientes diagnosticados com covid-19 e que tiveram o estado de saúde agravado”, declarou Wilson Lima.  

O fortalecimento dos recursos humanos por meio da Força Nacional do SUS, aquisição de condensadores e miniusinas de oxigênio para os municípios do interior também constam das demandas do Amazonas.  

Wilson Lima defendeu o retorno do auxílio emergencial e o apoio do governo federal aos pequenos empreendedores.

Garantias do ministro da saúde 

O ministro Marcelo Queiroga garantiu que, como o comitê é formado pelos três Poderes, haverá o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) articulado nos três níveis – União, estados e municípios – para prover à população brasileira, com agilidade, uma campanha de vacinação que possa atingir uma cobertura vacinal capaz de reduzir a circulação do vírus. 

“Fortalecer a assistência (à saúde) nos três níveis, municípios, estados e União, com a criação de protocolos assistenciais capazes de mudar a história natural da doença. O sistema de saúde do Brasil dará as respostas que a população”, afirmou Queiroga.

*Com informações da Secom/Governo do Amazonas

Fotos: divulgação/Secom