Wilson afirma que impeachment é ato ilegal e eleitoreiro de Josué
Processo foi retomado nesta terça-feira, dia 7, na Assembleia Legislativa

Israel Conte
Publicado em: 07/07/2020 às 19:45 | Atualizado em: 07/07/2020 às 19:47
O governador Wilson Lima (PSC) afirmou que a retomada do processo de impeachment dele e de seu vice, Carlos Almeida (PTB) é um ato ilegal e eleitoreiro do presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), Josué Neto (PRTB).
“A decisão de aceitar o processo foi tomada de forma solitária pelo presidente da Assembleia Legislativa, com o claro interesse de promoção política, tendo em vista as eleições que se aproximam e para com as quais já tornou públicas suas pretensões”, disse o governador em nota oficial.
O processo de impeachment prosseguiu na ALE-AM nesta terça-feira, dia 7, após Josué Neto ter lido parecer favorável da Procuradoria da Casa.
Leia mais
‘Impeachment é atitude covarde de Josué com o povo’, critica Wilson
Caso seja concretizado, é o parlamentar quem assume a cadeira de governador.
Sem amparo
Ainda na nota oficial, Wilson considera ainda que “o pedido de impeachment não apresenta argumentos ou fatos que apontem para crimes de responsabilidade, não tendo, portanto, qualquer amparo legal.”
Em maio, o pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) considerou o processo inconstitucional porque não há previsão de impeachment de vice-governador.
Leia mais
Impeachment de Wilson na ALE-AM é inconstitucional e é suspenso pelo TJ-AM
Nesta quarta-feira, dia 8, será formada a comissão de deputados que julgará o processo de impeachment.
Confira a nota oficial.
NOTA – Pedido de impeachment
O governador Wilson Lima afirma que o pedido de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) está sob análise jurídica. Ele reafirma que a decisão de aceitar o processo foi tomada de forma solitária pelo presidente da Assembleia Legislativa, com o claro interesse de promoção política, tendo em vista as eleições que se aproximam e para com as quais já tornou públicas suas pretensões.
O governador considera, ainda, que o pedido de impeachment não apresenta argumentos ou fatos que apontem para crimes de responsabilidade, não tendo, portanto, qualquer amparo legal. Wilson Lima também reafirma que acredita na democracia e que a decisão da maioria, demonstrada por meio do voto popular, deve ser respeitada.