O governador Wilson Lima (PSC) disse nesta terça-feira (26) que o senador Eduardo Braga (MDB-AL) agiu para incluir o seu indiciamento no relatório da CPI da covid movido por interesses “exclusivamente” eleitoral.
“Seu interesse visa exclusivamente às eleições de 2022 e a razão da vida dele é tentar sabotar o meu governo, que vem fazendo mais em dois anos do que ele em oito. Deixa o trabalho falar, senador, e pare de picuinha”
escreveu o governador no Twitter.
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De acordo com ele, o líder do MDB naquela Casa age da “forma que os amazonenses já conhecem”: “À base de ameaça para incluir meu nome no relatório da CPI, prometendo não votar caso não consiga o que quer. Ele quer incluir meu nome no relatório final – mesmo sabendo que não fui sequer investigado pela CPI”, argumentou.
Como o relator Renan Calheiros (MDB-AL) incluiu na lista dos indiciados o governador e o ex-secretário de Saúde Marcellus Campêlo, Braga abriu mão nesta terça-feira de apresentar o voto em separado que havia preparado.
Desta forma, o chamado G7, grupo majoritário no colegiado, conseguiu se manter coeso para aprovar o relatório apresentado por Renan Calheiros que ampliou ainda mais a lista dos indiciados.
Sem o voto do senador amazonense, o grupo ficaria no limite para aprovar o texto. Ou seja, dos 11 titulares só teria seis votos.
Braga
Braga justificou o pedido de indiciamento do governador por ele ser o principal administrador da crise da pandemia.
“Pedir o indiciamento do governador é fazer justiça a centenas de amazonenses que morreram asfixiados, a seco, por falta de oxigênio”
Justificou Braga.
Omar
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que não houve acordo para indiciar ou deixar de indiciar pessoas relatório final.
“Não existe acordo para indiciamento. Todos, sem exceção, foram discutidos, e depois ter fatos concretos, eles foram feitos. Não tem acordo para tirar fulano e colocar sicrano. Os fatos são maiores. Se a gente colocou o indiciamento de presidente da República a servidor ou empresário, foi porque tinha fatos concretos”
Disse Aziz.
Foto: divulgação