Onze horas antes do mundo saber que Manaus entrava em uma catástrofe sem precedentes na pandemia da Covid-19, dez da noite do dia 13 de janeiro de 2021, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), era avisado que a fornecedora de oxigênio dos hospitais do Estado perdera o controle sobre a reposição do produto.
“Começaram com uma previsão, lá no início da tarde, de que o consumo (do dia) seria de 45 mil metros cúbicos de oxigênio. E aí foi aumentando para 50 (mil), 60 (mil). No final do dia, chegaram a uma conta de 75 mil metros cúbicos”, revelou ontem, em reunião pública, o governador, concluindo:
“O dia 13 de janeiro foi meu pior dia quanto governador e quanto ser humano, quando me ligaram dez da noite e disseram assim: governador, o senhor precisa vir agora aqui no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle)”.
O órgão, ligado à Segurança Pública do Amazonas, virou a base do governo para o enfrentamento à pandemia.
O governador lembrou o drama ontem (31/03) em encontro com empresários, donos de bares e restaurantes. Eles queriam mais abertura da atividade, apesar das restrições para evitar a volta descontrolada da doença.
Foi no calor dessa discussão que Wilson lembrou o dia 13 e o dia 14, quando a notícia da falta de oxigênio no Amazonas virou manchete no mundo todo.
“Esse foi o dia mais dramático. E eu trabalho todo dia para que isso nunca mais se repita no Estado do Amazonas”.
Terceira onda
Com a plateia acalmada, Wilson revelou o motivo de sua preocupação em não escancarar as atividades econômicas.
“Nós vamos, sim, ter uma terceira onda, que, infelizmente, muita gente está contribuindo pra isso”.
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