Wilson reúne com representantes de fornecedora de oxigênio ao Estado
No encontro, de forma virtual, forma discutidos um plano de enfrentamento à Covid-19, no caso de haver uma terceira onda da pandemia no Amazonas

Ferreira Gabriel
Publicado em: 06/04/2021 às 06:20 | Atualizado em: 06/04/2021 às 21:06
O governador Wilson Lima se reuniu com representantes da empresa White Martins, fornecedora de oxigênio ao Estado, nesta segunda-feira (5).
A pauta do encontro foi o plano de contingência que está sendo atualizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). É visto pela pasta, o enfrentamento de um possível novo pico da pandemia de Covid-19 no Amazonas. Isso tem sido observador por eles, em outros países.
Durante encontro, realizado de forma virtual, Wilson Lima afirmou que o avanço da vacinação contra a Covid-19 é a principal esperança de que a situação não volte a agravar. Entretanto, ele destacou que o Estado já elabora um plano de contingência, caso o Amazonas sofra uma terceira onda da pandemia, como já ocorre em países da Europa.
Em suma, nos países europeus, o intervalo entre a segunda e terceira onda foi entre 50 e 21 dias.
De acordo com a SES-AM, no segundo pico no Amazonas, em janeiro deste ano, o número de casos subiu gradativamente durante 21 dias. Dessa maneira, foram necessários 40 dias para desacelerar. Diante disso, os indicadores estaduais continuam sendo monitorados. No entanto, esses dados ainda mostram tendência de queda no número de casos, internações e óbitos por Covid-19.
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Plano de Contingência
Embora o cenário seja de redução na curva da pandemia no Amazonas, a SES-AM já trabalha no plano de contingência caso o estado venha a enfrentar um novo pico. Entre as medidas em planejamento está o abastecimento de oxigênio, insumo muito demandado nas internações hospitalares devido às peculiaridades da Covid-19.
De acordo com a White Martins, a produção da empresa no Amazonas, hoje, é de 36 mil metros cúbicos (m³) por dia, em média. Por outro lado, o consumo da rede estadual de saúde está de 17 mil m³/dia.
No segundo pico da pandemia no estado, a demanda chegou a 80 mil m³ para atender toda a rede, na capital e interior. Os representantes da White Martins informaram, ainda, que a capacidade atual de armazenamento em Manaus é de 250 mil metros cúbicos.
Variante P1
Durante a reunião, o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, lembrou que a nova variante do novo coronavírus, batizada de P1, foi um dos fatores que levaram ao crescimento recorde e inesperado de casos e internações por Covid-19, em um curto período de tempo no Amazonas.
Marcellus Campêlo destacou na reunião que, no ano passado, vários especialistas apontavam que os impactos da segunda onda seriam menores e, mesmo assim, o Estado se preparou para um cenário com os mesmos parâmetros do primeiro pico da doença. Porém, o Estado foi surpreendido com o grande poder de transmissibilidade da variante P1.
Foto: Diego Peres/Secom