Deputado aciona STF contra Zambelli por incitar golpe de estado
Desde o início de novembro, a deputada federal está proibida de usar as redes sociais e criar novos perfis até a diplomação de Lula

Diamantino Junior
Publicado em: 01/12/2022 às 18:43 | Atualizado em: 01/12/2022 às 21:16
Os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG) e Paulo Teixeira (PT-SP) entraram com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra colega de Casa Carla Zambelli (PL-SP) por um vídeo publicado na quarta-feira (30/11) no qual ela incita generais comandantes militares a não reconhecerem a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.
Para os parlamentares, “trata-se de fato gravíssimo, praticado por quem deveria, como princípio e obrigação basilar, na condição de Deputada Federal, defender a Constituição, as Instituições e o processo democrático delineado e reforçado através do sufrágio universal”.
No vídeo, Zambelli diz que “é hora de se posicionar” e questiona: “De que lado vocês estão?”
Ainda segundo os deputados petistas, não só Zambelli, mas todos os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) vivem em uma “psicose coletiva”.
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“Negam o reconhecimento da validade do processo eleitoral e de seu resultado, flertam com a ruptura institucional a partir da defesa de um regime autoritário na condução do país, semeiam ódio e violência, vendo inimigos e comunistas em todos os cantos, numa vã esperança de que alguma divindade de outro mundo possa modificar a vontade soberana da sociedade brasileira”, afirmam os deputados.
Ao fim do pedido, os petistas pedem que a PGR (Procuradoria-Geral República) seja intimada pelo STF e adote providências contra a deputada bolsonarista, sugerindo a abertura de uma investigação, além de medidas civis e administrativas que a procuradoria julgar necessárias.
Eles também solicitam que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) seja acionado por descumprimento de decisão da Corte eleitoral que vetou o uso de redes sociais por parte de Zambelli.
O UOL entrou em contato com Zambelli e, em caso de manifestação, este texto será atualizado.
Desde o início de novembro, a deputada federal está proibida de usar as redes sociais e criar novos perfis até a diplomação de Lula.
O juiz auxiliar da presidência do TSE, Marco Antônio Martin Vargas, impôs multa de R$ 100 mil para cada conta que venha a ser criada pela parlamentar, caso ela descumpra a decisão.
Leia mais na matéria de Caíque Alencar no portal UOL
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados