A Crítica demite jornalistas após iniciarem greve por atraso salarial

"A empresa demite os profissionais jornalistas em greve, porque quer que eles continuem trabalhando sem receber salários", diz trecho de comunicado do Sindicatos dos Jornalistas do Amazonas

Jornalistas de A Crítica confirmam greve e param nesta segunda-feira

Ferreira Gabriel

Publicado em: 10/09/2020 às 14:19 | Atualizado em: 10/09/2020 às 16:15

Seis jornalistas do Jornal Acrítica, da Empresa de Jornais Calderaro foram demitidos nesta quinta-feira (10). Dessa forma, entende-se ato de retaliação da empresa pelo início da greve.

Em suma, os profissionais cobram a empresa pelo atraso salarial. Assim como a falta de depósito do FGTS, o não pagamento de férias. Além disso o repasse do INSS também não tem sido cumprido pelo A crítica.

A partir disso, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJPAM) emitiram nota referente ao ocorrrido.

 

Veja o comunicado:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJPAM), por sua presidente, para cumprimento das exigências da Lei nº 7.783/89 (Lei de Greve), comunica à direção da Empresa de Jornais Calderaro, responsável pelos veículos: jornal A Crítica, Portal A Crítica e Manaus Hoje, aos usuários de seus serviços, anunciantes e à população em geral, que os profissionais jornalistas pertencentes a estas empresas na base territorial deste Sindicato, decidiram paralisar totalmente as atividades desempenhadas a partir desta quinta-feira, 10.09.20, em função de mais uma conduta abusiva e desrespeitosa adotada pela direção, que além de não pagar o salário em dia, demitiu seis profissionais, como forma de pressão para acabar com a greve.

A empresa demite os profissionais jornalistas em greve, porque quer que eles continuem trabalhando sem receber salários, férias, sem ter o FGTS depositado, assim como o INSS, que é descontado quando, eventualmente, pagam uma parcela dos salários e não repassam à Previdência Social.

A Empresa de Jornais Calderaro desrespeita as leis brasileiras, e os tratados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que consideram o atraso, por vários meses, do pagamento de salário, condição semelhante à escravidão, onde o trabalho não era remunerado.

 

Foto: Divulgação

 

 

 

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