Bolsonaristas, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que querem impedir a posse de Lula da Silva (PT) na Presidência da República, no próximo 1º de janeiro, mudaram o tom sobre o discurso de intervenção. As informações são da coluna Grande Angular.
Antes, ele “pediam” socorro às Forças Armadas. Agora, quase dois meses após o resultado das urnas declarando a derrota de Bolsonaro nas eleições, “exigem” uma ação dos militares para tomar o poder e garantir que o atual chefe do Executivo permaneça na Presidência.
Os golpistas argumentam que o artigo 142 da Constituição Federal garante tal medida extrema, mas a norma apenas prevê que as Forças Armadas estão sob autoridade do presidente da República e “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
A manifestação anti-Lula ocorre em frente a quartéis do Exército há mais de 50 dias. Dessa forma, o novo posicionamento, mais duro, reverbera em alguns grupos nas redes sociais.
Nas redes, alguns bolsonaristas alegam estar cansados e afirmam que os militares têm o “dever” de agir contra Lula.
Uma carta endereçada a Bolsonaro foi redigida com essa finalidade por manifestantes.
O documento, repleto de erros de português, diz, em transcrição ipsis litteris: “O povo brasileiro, nas ruas por 53 dias, cansados dos desmando da justiça que atenta contra nossa Constituição Federal e a inércia do congresso nacional, EXIGE: A INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL e o ACIONAMENTO DAS FORÇAS ARMADAS para o saneamento moral de nossa pátria desde à usurpação das competências dos poderes e da condução ilegal e criminosa das eleições de 2022 pelo TSE/STF”.
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Foto: Divulgação