CMA agora experimenta ódio bolsonarista por socorrer ianomâmis
Comando Militar da Amazônia tinha relação de amor com golpistas bolsonaristas que abrigou em sua portaria por cerca de dois meses
Neuton Correa
Publicado em: 25/01/2023 às 07:11 | Atualizado em: 25/01/2023 às 07:11
Até o início do mês, o Comando Militar da Amazônia (CMA), que tem sede em Manaus, vivia uma relação de amor com bolsonaristas que pediam a ajuda da força para dar um golpe de estado e tirar Lula do poder.
A estreita relação era tanta que seu QG abrigou em sua portaria um acampamento que ficou dois meses lhe pedindo: “S.O.S., Forças Armadas”.
Mas, agora, o amor virou ódio, destilado depois que o CMA anunciou que está enviando ajuda humanitária para socorrer os Ianomâmis desnutridos, à beira da morte, de Roraima.
Esse anúncio foi feito em sua conta no Twitter.
Os bolsonaristas radicais negam a existência do holocausto indígena. Para eles, trata-se de uma trama que envolve Brasil e Venuezuela contra Bolsonaro.
Para eles, foi Maduro que mandou para Roraima os Ianomâmis desnutridos.
Fotos: Divulgação/CMA