Conspiração bolsonarista não atinge economia e desemprego cai

Brasil registra menor taxa de desemprego da história, apesar da instabilidade política.

Publicado em: 31/07/2025 às 15:42 | Atualizado em: 31/07/2025 às 15:42

Mesmo em meio à instabilidade institucional provocada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a economia brasileira mostra resiliência e segue em trajetória de recuperação. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31/7) revelam que o país atingiu, no segundo trimestre de 2025, a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica, iniciada em 2012: 5,8%.

Emprego com carteira e renda em alta

O resultado positivo foi puxado pelo aumento expressivo no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39 milhões, o maior nível já registrado.

O total de pessoas ocupadas no país atingiu 102,3 milhões, enquanto o número de desocupados caiu para 6,3 milhões, uma redução de 17,4% em relação ao trimestre anterior.

O rendimento médio do trabalhador também subiu, alcançando R$ 3.477, o maior valor já registrado pela Pnad Contínua. Isso impulsionou a massa de rendimentos, que bateu R$ 351,2 bilhões, refletindo maior poder de compra e movimentação econômica.

Mercado aquecido mesmo sob ataques ao sistema

Os números reforçam que os ataques ao sistema democrático, como a articulação de conspirações por parte de setores bolsonaristas, não foram capazes de frear o avanço do mercado de trabalho e da renda no país. Enquanto as instituições enfrentam pressões políticas, o mercado reage com aumento da ocupação, queda do desalento e mais formalização.

A taxa de informalidade, por exemplo, caiu para 37,8%, a menor desde 2020. O número de desalentados (quem desistiu de procurar emprego) também recuou, atingindo o menor patamar desde 2016: 2,8 milhões de pessoas.

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O desempenho do mercado de trabalho indica um ciclo virtuoso que se mantém apesar das turbulências políticas e é sustentado por fatores como políticas de estímulo ao emprego formal, recuperação do consumo e estabilidade fiscal relativa.

A economia, ao que tudo indica, não cedeu às pressões antidemocráticas e segue firme no caminho da geração de oportunidades.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil