O deputado João Luiz (PRB) criticou o desfile que a escola de samba Mangueira fez na terça de carnaval, no Rio de Janeiro. Na apuração, a escola ficou em sexto lugar.
De acordo com ele, que preside a Frente Parlamentar Cristã na Assembleia Legislativa (ALE-AM), a Mangueira “denegriu o cristianismo”. Por causa disso, para o deputado, não há como elogiar a escola.
No enredo deste ano, a Mangueira fez um exercício de imaginação sobre a figura humana de Jesus Cristo. Sob o título “A Verdade vos fará livre”, a escola quis mostrar como seria a vida de Cristo se houvesse nascido no morro que dá nome à escola.
Para o deputado, entretanto, “isso é inaceitável, não é cultura”.
Além dessa, também fez críticas a outros trechos do desfile. Por exemplo, quando foliões vestidos de policiais deram tiros de borracha na figura de Jesus.
Segundo João Luiz, não bastasse o atentado à religião, isso também “denegri a imagem da corporação da polícia”.
Conforme a avaliação carnavalesca do deputado, apresentar os apóstolos de Cristo dançando funk na Santa Ceia foi um absurdo.
“Como presidente da Frente Parlamentar Cristã da casa, eu não poderia ficar calado diante dessa blasfêmia que a escola apresentou”.
E ainda apontou outra blasfêmia:
“Trazer a imagem do Senhor Jesus sendo vestido como mulher, como índio, como negro”.
O republicano, que também preside a Comissão de Defesa do Consumidor, viu o desfile como “guerra religiosa na avenida”.
Apoio
Em apoio a João Luiz, o deputado Carlinhos Bessa (PV) também manifestou repúdio à escola.
De acordo com ele, até simpatizava com a Mangueira, mas agora não mais. Isso porque, disse, “Deus está acima de tudo” e a escola feriu a “religião do bem”.
Foto: Mauro Smith/ALE-AM