Em 11 dias na mata de Maraã, polícia apreende 1,3 t de maconha

Além da carga de entorpecentes, foram apreendidas três espingardas e um bote de alumínio

Ferreira Gabriel

Publicado em: 07/04/2020 às 09:44 | Atualizado em: 07/04/2020 às 09:44

Em uma ação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), as forças policiais do Estado apreenderam 540 quilos de maconha do tipo skunk. Assim com prenderam dois homens em Maraã (a 633 quilômetros de Manaus).
O material de origem colombiana foi trazido para Manaus de avião, ontem,  dia 6, uma semana após a apreensão de outros 800 kg de drogas na mesma operação.
 
A princípio, a ação contou com apoio logístico do Exército Brasileiro. Bem como da Secretaria de Operações Integradas (Seop) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Este por meio do programa Vigia, e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
 
Durante a operação, participaram ativamente agentes do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc). Assim como o Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), da Polícia Civil. E também a Companhia de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar do Amazonas.
 
Conforme a ação policial, a interceptação da carga ilícita ocorreu em uma rota utilizada para evitar a descida pelo Solimões. Sobretudo para fugir da ação de piratas do eixo Coari-Tefé-Codajás, na região de Maraã.
Segundo as investigações, a droga é de origem colombiana, possivelmente da cidade de La Pedreiro, entrando no Brasil pela Vila Bittencourt com destino às bocas de fumo da capital amazonense.

Leia mais

Site para pedir auxílio emergencial de R$ 600 já está no ar

 

Investigações

As investigações duraram cerca de 30 dias, resultando na apreensão de 1,3 tonelada ao todo. A delegada-geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, destacou a atuação dos policiais civis não apenas na investigação, mas in loco.
“Nossas equipes estavam na mata avaliando como se desenvolvia o armazenamento das drogas, e, agora, tiramos de circulação mais de uma tonelada de entorpecente, que hoje estaria nas bocas de fumo de Manaus”, disse.
 
De acordo com o diretor do Denarc, delegado Paulo Mavignier, a operação demandou uma complexidade logística.
“A operação contou com a união das forças estaduais, com o apoio federal do Exército e da Seop. No primeiro momento, os grupos ingressaram na selva, em uma área remota. No segundo momento, em continuidade à ação, a equipe especializada da COE conseguiu apreender mais 540 kg de drogas e três armas de fogo”, disse.
 
Conforme explicou o coordenador do Grupo Fera, delegado Juan Valério, a ação teve duração de 11 dias em área de mata. Dessa forma com cada equipe percorrendo entre 20 e 30 quilômetros.
“Conseguimos as informações da inteligência e passamos a adentrar a área de mata, quando apreendemos os 800 kg há alguns dias. Com a chegada do reforço dos colegas da COE, foi dada continuidade na operação e eles encontraram o restante da carga, um duro golpe para o crime organizado”, afirmou.
 
Além da carga de entorpecentes, foram apreendidas três espingardas e um bote de alumínio.
As investigações prosseguem para identificar as pessoas utilizadas na logística. Sobretudo quem seriam os destinatários em Manaus.
 
Os militares da COE foram infiltrados no local com o suporte de um helicóptero Black Hawk do Exército, segundo o capitão Ramos Junior.
Foto: Divulgação/Secom

Leia mais

Morre a 20ª vítima por coronavírus no Amazonas