Um dia após a segurança pública do Amazonas divulgar que prendeu 12 pessoas por atos de violência contra idosos, uma senhora de 72 anos é nova vítima em Manaus. Ela foi roubada em R$ 4,8 mil no assalto conhecido como “saidinha de banco”.
Conforme o boletim que registrou na polícia, o caso aconteceu no dia 3, mas só divulgado hoje (5), quando saiu de agência no bairro Parque 10, zona centro-sul.
A idosa, que não tinha ninguém lhe acompanhando, havia acabado de sacar o valor quando foi abordada por duas mulheres em rua próxima.
De acordo com a vítima, uma das ladras usava arma de fogo, que lhe apontou. Além do dinheiro, levaram documentos e outros objetos na bolsa da idosa.
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Ela, portanto, é mais uma das muitas vítimas de violência durante a epidemia do coronavírus (covid-19) no Amazonas.
Por causa disso, a Delegacia de Crimes contra o Idoso realizou ação na capital e no interior para prender acusados. Doze deles foram retirados de circulação.
Orientação da polícia
Em setembro, a delegada do Idoso, Andrea Nascimento, informou que o oferecimento de ajuda a vítimas desacompanhadas e com dificuldade para usar os caixas eletrônicos são os principais alvos de assaltantes nas áreas bancárias de Manaus.
Conforme disse Andrea, são comuns os relatos dos idosos desse crime. Por isso, ela aconselhou que o idoso só aceite ajuda de agentes do banco.
“Normalmente, os idosos vão desacompanhados para as agências, e quando eles adentram para fazer uma transação bancária no caixa eletrônico, muitas vezes são abordados por pessoas que oferecem ajuda, mas que na verdade estão ali somente para aplicar o golpe”.
De acordo com a delegada, os idosos, pela vulnerabilidade natural, que impede resistência, são alvos preferidos da “saidinha de banco”.
E explicou o modo como agem os criminosos: “Os infratores se dividem em grupo. Fica, geralmente, um dentro da agência bancária, observando e escolhendo uma vítima, e o outro criminoso do lado de fora, para perseguir e realizar abordagem”.
Foi, portanto, exatamente como aconteceu com a vítima do Parque 10.
Em síntese, a delegada da Polícia Civil orienta que familiares ou pessoas de confiança acompanhem o idoso na ida ao banco.
É comum que esse público mesmo queira fazer saque de seus benefícios, e assim se tornam presas fáceis dos criminosos.
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Foto: Divulgação/Secom