O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello disse nesta quinta-feira (11) que votaria no presidente Jair Bolsonaro (PL) em um segundo turno contra o ex-chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O juiz, no entanto, afirmou não ser “ bolsonarista”.
“ Não imagino uma alternância para ter como presidente da República aquele que já foi durante oito anos presidente e praticamente deu as cartas durante seis anos no governo Dilma Rousseff [PT]. Penso que potencializaria o que se mostrou no governo atual e votaria no presidente Bolsonaro, muito embora não seja bolsonarista”, disse em entrevista ao portal UOL .
Marco Aurélio Mello também declarou seu voto no primeiro turno da eleição de 2022: Ciro Gomes (PDT). Segundo o ex-ministro, “ ninguém conhece mais o Brasil do que Ciro Gomes”. O pedetista, disse, “às vezes é um pouco açodado na fala”, mas “ é um bom perfil”.
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Participaram da entrevista ao UOL os jornalistas Kennedy Alencar, Alberto Bombig e Carla Araújo. Kennedy foi assessor de Lula nos anos 90.
O ex-STF declarou que, em sua opinião, um ponto positivo do governo Bolsonaro é a escolha dos ministros.
“Cito, por exemplo, a atuação, que é digna de elogio, do ministro da Fazenda, Paulo Guedes . Se formos realmente fazer um levantamento, vamos ver que houve práticas de atos positivos buscando dias melhores”, falou, referindo-se ao titular do Ministério da Economia.
Manifesto
Marco Aurélio Mello é um dos 11 ex-ministros do Supremo que assinaram manifesto em defesa da democracia organizado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).
O texto é uma crítica velada ao presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo não é citado diretamente, mas é frontalmente criticado.
O manifesto, por exemplo, defende o sistema eletrônico de votação e critica “ataques infundados” às eleições. Lula também não é citado diretamente.
O petista, no entanto, se beneficia com a iniciativa da Faculdade de Direito da USP.
Artistas, banqueiros, políticos, empresários, advogados, integrantes da magistratura e do Ministério Público estão entre os signatários . Também 12 ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) compõem a lista dos que subscrevem a carta.
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Foto: divulgação/EBC