Federação para confrontar Lula suga recursos de pastas do governo

Aliança entre União Brasil e PP desafia Lula, mas mantém cargos e acesso a recursos públicos

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 19/08/2025 às 17:33 | Atualizado em: 19/08/2025 às 17:33

A federação entre União Brasil e Progressistas (PP), que se apresenta como a maior força de oposição ao governo Lula, mantém seus líderes em ministérios, estatais e com acesso a verbas públicas, adotando uma estratégia de “ambiguidade” que mistura crítica ao governo com permanência nos cargos e benefícios.

A aliança, copresidida por Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), declara oposição a Lula, mas evita um rompimento efetivo com a gestão federal.

A manutenção dos cargos permite que filiados desfrutem das benesses do governo, enquanto a cúpula busca lançar um nome presidencial anti-Lula para 2026.

A federação controla quatro ministérios – Comunicações, Desenvolvimento Regional, Esporte e Turismo – além da presidência da Caixa Econômica Federal e da Codevasf. A entrega desses cargos só deverá ocorrer próximo ao fim do ano, após a homologação da federação pela Justiça Eleitoral.

A União-PP reúne 109 deputados, 14 senadores, seis governadores e 1.343 prefeitos, além de dispor de quase R$ 954 milhões em verbas públicas. A força financeira da aliança será utilizada, entre outras ações, para promover eventos com lideranças do conservadorismo, como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ronaldo Caiado, Ratinho Jr. e Eduardo Leite.

Apesar de se apresentar como oposição, a federação ocupa quatro ministérios e a presidência da Caixa Econômica Federal. A situação evidencia que a maior força oposicionista do país nasce dentro dos cofres do próprio governo que pretende confrontar.

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Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados