Justiça Eleitoral arquiva inquérito contra Alckmin por caixa dois

Promotor alegou que houve "esgotamento" da investigação. Delator disse ter pagado R$ 3 milhões a ex-governador em 2010 e 2014

Mariane Veiga

Publicado em: 17/03/2022 às 18:28 | Atualizado em: 17/03/2022 às 18:35

A Justiça Eleitoral mandou arquivar um inquérito policial que investigava se o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu do grupo Ecorodovias ao menos R$ 3 milhões em supostas doações ilegais (caixa dois) para as campanhas de 2010 e 2014.

Os pagamentos foram revelados na delação premiada de Marcelino Rafart de Seras, ex-presidente do grupo Ecorodovias, que disse ter ordenado as doações “dissimuladas” para Alckmin.

O ex-governador tenta atualmente concorrer como vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula da Silva (PT).

O promotor do caso alegou ter havido “esgotamento da atividade investigativa” e também “transcurso de largo período de tempo entre os fatos e a presente data”.

O arquivamento foi determinado pelo juiz Emilio Migliano Neto, substituto da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

Em nota, os advogados de Alckmin afirmaram que a versão apresentada pelo delator é “improcedente”.

No Twitter, o ex-governador afirmou que a versão divulgada da delação não era “verdadeira” e que “suas campanhas eleitorais jamais receberam doações ilegais ou não declaradas”.

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República