ONG que custa R$ 1,4 bilhão ao ano tem os piores índices de saúde

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Neuto Segundo

Publicado em: 01/07/2019 às 21:36 | Atualizado em: 01/07/2019 às 21:36

A Organização Não Governamental (ONG) Missão Evangélica Caiuá, que recebe o maior volume de recursos federais, em torno de R$ 1,4 bilhão ao ano, tem os piores índices de atendimento à saúde de indígenas no estado do Mato Grosso do Sul.

A ONG recordista de dinheiro públicos oferece serviços considerados deploráveis às aldeias indígenas de Dourados,  230 km de Campo Grande.

A Missão Evangélica Caiuá já obteve o maior número em recursos de capital federal nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro.

A Caiuá é responsável pelo serviço complementar de saúde indígena do Mato Grosso do Sul e de outros três Estados, Acre, Amazônia e Roraima.

Segundo reportagem do Estadão, as condições  são precárias nos postos de saúde das aldeias indígenas de Dourados e vão de encontro com os valores repassados  com destino ao atendimento médico dos cerca de 17 mil índios das etnias terena, kaiowá e guarani que vivem na região.

Dados do portal da Transferências do governo federal mostram que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinou nove convênios no valor total de R$ 262 milhões para a ONG controlada pela Igreja Presbiteriana do Brasil.

Ainda segundo o jornal, os repasses volumosos para a Missão Evangélica Caiuá não começaram na gestão Bolsonaro.

A entidade já recebeu R$ 2,1 bilhões nos últimos cinco anos, durante os governos Dilma Rousseff e Michel Temer.

“A serviço do índio, para a glória de Deus” é o slogan da ONG.

O reverendo Benjamin Benedito Bernardes, secretário-executivo da entidade, disse que o hospital não recebe dinheiro do convênio com o Ministério da Saúde e que funciona com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), da Prefeitura de Dourados e de doações.

Os repasses volumosos foram motivos para a Controladoria-Geral da União (CGU)  fazer auditoria nos contratos.

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Foto: Reprodução/Intercept Brasil