O presidente Jair Bolsonaro (PL) associou, falsamente, uma ligação entre a vacina contra a covid-19 e o vírus HIV em uma live feita em outubro de 2021.
Na mesma transmissão, ele disse, sem apresentar provas, que a maioria das vítimas de gripe espanhola não teria morrido da doença, mas de “pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”.
No entanto, uma investigação da Polícia Federal (PF) concluiu que ambas as informações são falsas e que Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao fazer tal associação.
Intimado a depor no início do mês, Bolsonaro não respondeu ao prazo oferecido pela polícia.
A PF também mirou o ajudante de ordens da Presidência, o tenente Mauro César Barbosa Cid, que teria levantado as informações divulgadas por Bolsonaro.
Ele foi indiciado pelas mesmas condutas que o presidente e alegou, no curso da investigação, de que as falas estariam protegidas pela liberdade de expressão.
“Não se tratou de uma mera opinião, conforme defendido por Mauro Cid, mas sim de uma opinião de um Chefe de Estado, propagada com base em manipulação falsa de publicações existentes nas redes sociais, opinião essa, que por ter a convicção de que atingiria um número expressivo de expectadores, intencionalmente, potencialmente promoveu alarma”, disse a PF.
A conclusão final segue a mesma linha apresentada no relatório parcial do caso.
O documento foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
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