A Polícia Federal deflagrou a Operação Adamas para apurar crimes de extração ilegal de diamantes e falsidade ideológica. A ação começou nas primeiras horas desta quarta-feira (16).
Operação investiga fatos relacionados a possíveis práticas dos crimes de usurpação de bens da União, falsidade ideológica e apresentação de informações falsas em processo administrativo junto à Agência Nacional de Mineração.
A ação da Polícia Federal visa a cumprir três mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas, todos cumpridos na cidade de Manaus.
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Segundo as investigações, no ano de 2019, foram extraídos ilegalmente cerca de 57 quilates de diamantes.
Constatou-se, nesse sentido, que não havia licenciamento ambiental para extração de diamantes na área informada. Identificou-se também, por meio de imagens de satélites, que, na área indicada no processo administrativo, não havia feições de garimpo.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de usurpação de bens da União, falsidade ideológica a apresentação de dados falsos em processo administrativo ambiental.
Se condenados, poderão cumprir pena de até 16 anos de reclusão.
Outras operações
A PF (Polícia Federal) prossegue com a operação Mundurukânia, no estado do Pará, para combater a extração ilegal nos garimpos. Já houve destruição de máquinas de garimpeiros e, estes, por seu lado, retaliaram a PF, incendiando casas e cortando rede elétrica e internet.
Na terça-feira, 25, quando se iniciou a operação, uma força-tarefa composta de agentes da PF, Ibama, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, entrou em ação em terras indígenas Munduruku e Sai Cinza.
Ambas estão localizadas no município de Jacareacanga, no Pará, a quase 1.700 km da capital Belém.
Coordenada pela PF, a ação tem 134 agentes de segurança e de fiscalização na região. Também foram empregados helicópteros e veículos 4×4.
O garimpo ilegal em terras indígenas causa graves danos ao meio ambiente por causa de produtos químicos usados para encontrar metais preciosos e ainda provoca a poluição de rios e lençóis freáticos.
Também cria problemas sociais na região, especialmente os confrontos entre garimpeiros e indígenas.
Povo de tradição guerreira, os Mundurukus dominavam culturalmente a região do Vale do Tapajós, que nos primeiros tempos de contato durante o século 19 era conhecida como Mundurukânia, e daí se extraiu o nome da operação.
Foto: Divulgação