PSL descarta retorno de Bolsonaro e torce para saída de aliados
Caso o presidente resolva voltar ao PSL, a decisão precisaria ser aprovada pelos diretórios nacionais, e não apenas pela executiva do partido

Mariane Veiga
Publicado em: 20/03/2021 às 11:22 | Atualizado em: 20/03/2021 às 11:36
Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha afirmado em live do último dia 11 que mantém conversas com o PSL sobre uma possível volta à sigla, membros da executiva nacional, e até mesmo parlamentares aliados do governo, acreditam que as chances de isso ocorrer são próximas de zero.
Em transmissão semanal nas redes sociais, o presidente disse que decidiria seu futuro político até o fim de março.
Desde a saída de Bolsonaro em 2019, a sigla se dividiu entre os parlamentares considerados “raiz” – que não se aliaram ao presidente – e os “bolsonaristas”, que votam junto com o governo nas sessões deliberativas e apoiam a maioria das pautas defendidas por ele.
Hoje, Bolsonaro está sem partido, já que os planos de criar o Aliança pelo Brasil foram frustrados pelo lento ritmo de validação de assinaturas exigidas pela Justiça Eleitoral.
A previsão é que o partido só esteja formado oficialmente após as eleições de 2022. Sem fazer parte de uma sigla, ele não pode concorrer à reeleição.
Caso o presidente resolva voltar ao PSL, a decisão precisaria ser aprovada pelos diretórios nacionais, e não apenas pela Executiva do partido, presidido hoje pelo deputado Luciano Bivar (PSL-PE), que assumiu recentemente a primeira-secretaria da Mesa Diretora da Câmara.
Bolsonaro e Bivar começaram a se desentender por motivos relacionados ao comando da sigla. No fim de 2019, a briga se acirrou, e parlamentares próximos a Bolsonaro passaram a fazer campanha para que o presidente da República também comandasse a sigla.
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Foto: José Dias/Presidência da República