Espanha condena técnico da Seleção Brasileira por sonegação de imposto
Ancelotti é condenado na Espanha por fraude fiscal, mas não será preso.

Publicado em: 09/07/2025 às 20:08 | Atualizado em: 09/07/2025 às 20:09
O técnico da Seleção Brasileira de futebol, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (09/7) pela Justiça da Espanha a um ano de prisão por fraude fiscal. A sentença foi emitida pela 30ª Seção da Audiência Provincial de Madri e se refere a impostos não pagos sobre rendimentos de direitos de imagem em 2014, período em que o italiano era treinador do Real Madrid.
Apesar da condenação, Ancelotti dificilmente cumprirá pena em regime fechado. A legislação espanhola prevê que penas inferiores a dois anos para crimes não violentos raramente exigem prisão efetiva para réus primários, como é o caso do técnico.
Além do tempo de reclusão, Ancelotti foi multado em 386 mil euros (aproximadamente R$ 2,5 milhões) e terá que arcar com os custos judiciais do processo. O valor equivale a menos da metade do que ele recebe anualmente como treinador da seleção brasileira — cerca de 10 milhões de euros por ano, ou R$ 5,3 milhões mensais, segundo a cotação atual.
O tribunal também absolveu o técnico em outro processo semelhante, referente ao ano de 2015. Durante o julgamento, realizado em abril, Ancelotti alegou inocência. O Ministério Público espanhol, porém, o acusava de sonegar pouco mais de 1 milhão de euros em dois anos e havia pedido uma pena superior: quatro anos e nove meses de prisão.
A Espanha tem histórico rigoroso com crimes fiscais envolvendo celebridades. Figuras como Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo e Shakira já foram alvos de processos semelhantes.
Até o momento, Ancelotti não se pronunciou sobre a decisão judicial.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por meio de sua assessoria de imprensa, informou ao g1 que “o caso está sendo acompanhado pela CBF” e que o processo está sob responsabilidade do staff pessoal do treinador.
Carlo Ancelotti assumiu o comando da seleção brasileira em maio de 2025.
Ele comandou o Real Madrid em duas passagens: entre 2013 e 2015 e, mais recentemente, de 2021 até maio deste ano.
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Foto: Rafael Ribeiro/CBF