Maioria dos senadores mantém Coaf no ministério de Paulo Guedes

Publicado em: 28/05/2019 às 20:59 | Atualizado em: 28/05/2019 às 20:59
O Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) sai mesmo do Ministério da Justiça e ficará no Ministério da Economia. O Senado aprovou, nesta terça-feira (28), a Medida Provisória 870 editada em janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro que reestruturou o governo. As informações são da Agência Senado.
A MP, cuja vigência termina na próxima segunda-feira (3), foi votada na forma de um projeto de conversão 10/2019, proveniente da Câmara dos Deputados na semana passada.
Um dos pontos mais debatidos pelos senadores foi a permanência ou não do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sob os cuidados do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Os quatro destaques apresentados foram relativos ao assunto.
Na semana passada, os deputados votaram pelo retorno do órgão ao âmbito da pasta da Economia.
Caso o texto fosse novamente modificado, deveria voltar à análise dos deputados.
Em carta enviada ao Senado e lida pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, o presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu aos senadores a aprovação da MP 870 da forma com que saiu da Câmara.
Em publicação no G1, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro não vetará a mudança.
O Coaf é um organismo de inteligência que atua contra a lavagem de dinheiro e fraudes financeiras.
Numa recente entrevista à GloboNews, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou que o conselho estará “melhor posicionado” se for mantido na pasta.
Argumentou que, na Economia, o Coaf “tende a ser negligenciado” porque a pasta tem outras prioridades.
Mais cedo, nesta segunda-feira, dia 27, contudo, Moro disse que será “ótimo” se o Coaf for mantido na pasta, mas, se não for possível, “paciência”.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado