Sidney deixa Amazonino viajar e pede de Bosco sua exoneração

Publicado em: 19/12/2017 às 06:50 | Atualizado em: 19/12/2017 às 06:50

Na fritura há um mês, o ainda todo poderoso do governo Amazonino Mendes (PDT), Sidney Leite (Pros), secretário de Estado da Casa Civil, com status de secretário-chefe de Governo, pediu ontem, no início da tarde, que o governador em exercício Bosco Saraiva (SD) o exonerasse do cargo.

O pedido foi formalizado menos de 24 horas depois de Amazonino ter viajado para os Estados Unidos.

Bosco declinou da medida e sugeriu que o secretário trate do assunto com o titular tão logo ele retorne da viagem, no sábado que vem, dia 23.

Sidney e Amazonino já conversaram sobre o assunto e combinaram discuti-lo no fim de semana, mas aliados do governador afirmam que ele já bateu o martelo há cerca de duas semanas.

Sidney também já se decidiu. Ontem, por exemplo, ao formalizar a solicitação de saída do governo, ele não entregou carta, como costumam fazer os auxiliares demissionários.

O secretário entregou o ato de exoneração redigido e, com a caneta nas mãos indicava, sem cerimônia, na frente de testemunhas, entre elas o deputado Doutor Gomes (PSD), que o governador em exercício assinasse o documento para ser publicado ontem mesmo.

Mais que isso. Sidney disse a Bosco Saraiva que fazia questão de ser demitido na segunda-feira para hoje, terça-feira, dia 19, retornar às suas atividades parlamentares na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) a pretexto de ajudar o governo, já que amanhã é o último dia de votação do ano do Legislativo.

Sidney Leite está bombardeado no governo Amazonino desde o começo da gestão, quando suas articulações como pretenso candidato a deputado federal esbarraram em interesses de parlamentares federais aliados.

Além disso, há grande queixa de prefeitos quanto ao tratamento que ele tem dispensado aos gestores e principalmente contra o fato de ter feito nomeações que prestigiaram adversários.

Outra informação que concorre no aumento do calor dessa fritura é o fato do secretário ter contrariado o pequeno núcleo familiar que acompanha Amazonino.

 

Foto: BNC