TRF-1 determina avaliação imediata do afastamento de Ricardo Salles

O pedido de afastamento do ministro do Meio Ambiente foi protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) ao juiz da 8ª Vara, Mario Moreira

Publicado em: 14/10/2020 às 09:15 | Atualizado em: 14/10/2020 às 16:49

O desembargador Ney Bello, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal), determinou que o juiz da 8ª Vara Federal do Distrito Federal analise imediatamente o pedido do MPF para que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, seja afastado do cargo.

Os procuradores pediram a saída de Salles ao juiz da 8ª Vara, Mario Moreira.

 

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No entanto, o magistrado declinou do processo e decidiu que ele deveria correr em Santa Catarina, porque lá, dias antes, associações ambientais protocolaram uma ação cível pública contra o ministro.

A decisão de Bello é liminar. O caso foi incluído na pauta da 3ª Turma do TRF-1, no dia 27 de outubro.

 

Polêmicas do ministro

 

Nesta terça-feira (13), Salles também voltou a defender o uso do chamado fogo frio.

A medida seria preventiva para combater as queimadas.

A medida consiste em queimar matéria orgânica de maneira controlada e tem sido defendida por Salles desde que os incêndios começaram a devastar o Pantanal.

Ele reclamou que é preciso permitir as queimadas controladas e evitar o “boicote por visões que não acreditam no formato”.

“Mas, como todos disseram, há medidas que nós podemos e continuaremos fazendo, para não só prevenir e, para isso, fazer os aceiros, permitir a criação de gado no Pantanal, como forma de reduzir a massa orgânica, permitir que seja feita a queima controlada, o uso do fogo frio, e não ter isso como algo a ser indiretamente boicotado por algumas visões que não acreditam nesse formato”, afirmou Salles.

 

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Foto: Marcos Corrêa/PR