Acadêmicos do 10º período de Odontologia do Centro Universitário do Norte (Uninorte) denunciaram ao BNC Amazonas descaso com relação ao contrato, que vigorava até dia 30 de junho de 2020.
Sobretudo, esse era o período máximo para colação de grau da turma respeitando cláusulas do documento assinado pelos alunos. No entanto, as aulas foram paralisadas devido a pandemia do coronavírus, e os finalistas não tiveram mais posicionamento da universidade.
A princípio, os alunos justificam terem cumprido mais de 75% de carga horária obrigatória das atividades do curso. Esta, portanto, ocorreu antes mesmo da paralisação na última semana de fevereiro.
A partir disso, eles pedem posicionamento da reitoria da instituição privada sobre liberação para formatura.
Conforme os denunciantes “desde o inicio de junho começaram as discussões sobre a formatura com o antigo coordenador, Glauber Palma”.
Em acordo do professor com os finalistas do curso, “o TCC seria defendido e a nota seria lançada, e que as notas seriam normalizadas, e as horas extras curriculares teriam análise, e também foi solicitado o pedido de colação, mas não obtivemos respostas da reitoria”.
Posteriormente, na primeira semana de julho, o coordenador do curso foi demitido da universidade, e de acordo com alunos, “foi represália da reitoria da Uninorte”.
A reportagem do BNC Amazonas tentou entrar em contato com a Uninorte, mas não obteve resposta até o momento.
Sem respostas
A representante da turma ODN10S1, Adriana Dias, expressou “o descontentamento da turma no geral, que a gente está se sentindo abandonados. Não temos mais coordenador, nosso coordenador no qual ele podia tirar as nossas dúvidas, ele foi demitido. E não foi passado nada pra gente de quem iria ficar no lugar”.
Com mudança institucional na universidade do grupo Laureate para o Centro Nacional de Ensino Superior (Cenesup), subsidiária da Ser Educacional, na metade do ano passado, iniciaram os problemas aos acadêmicos do curso.
De acordo com Adriana mesmo com troca, o novo sistema foi implementado somente, “no finalzinho agora, do período, e a maioria do pessoal já tinha inserido horas complementares, mais de 90% da turma. E com esse sistema novo, a gente vai ter que inserir tudo novamente gerando todo um transtorno. E a turma está se sentindo desassistida por tudo que está acontecendo”.
Segundo a representante dos finalistas, “o Grupo Ser não dá uma posição de quando vai ser a nossa colação, não sabemos se vai ser colação presencial ou online”.
“Ninguém sabe nos dar uma palavra certa de nada, e era pra gente formar agora final do mês, eaté agora nada. E isso acaba nos prejudicando”, disse Adriana Dias.
Censura da instituição
Em protesto a falta de resposta do grupo educacional, alunos da turma de Odontologia passaram a cobrar posicionamento em postagens nas redes sociais da Uninorte. No entanto, os comentários deles foram apagados e também tiveram os perfis bloqueados pela instituição. Portanto, veja abaixo duas imagens printadas por uma das autoras dos comentários.
Na primeira imagem abaixo, duas alunas comentaram por volta das 10h uma postagem pedindo resposta da universidade. No entanto, 3 horas depois (veja na segunda imagem abaixo), a instituição apagou os comentários. Posteriormente bloqueou as finalistas do curso.
Foto: Divulgação
Leia mais
Uninorte é vendido por quase R$ 200 milhões