No dia em que o Brasil chegou à marca de 150 mil mortes por covid-19, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que 30% dos óbitos poderiam ser evitados com o uso da cloroquina. Este, portanto, é um medicamento sem comprovação científica contra o novo coronavírus e rejeitado pela comunidade científica mundial.
Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente não comentou o número de mortos pelo vírus que o País atinge neste sábado, 10. No entanto, disse lamentar as vítimas e voltou a criticar medidas de isolamento social tomadas durante a pandemia .
Mesmo sem eficácia comprovada, o remédio virou aposta do presidente na estratégia de resposta à pandemia no Brasil.
Na gestão do general Eduardo Pazuello, que começou em maio, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso do medicamento desde os primeiros sintomas da covid-19. A princípio, essa medida acabou contrariando orientações de entidades médicas e científicas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Na transmissão, ao lado de uma apoiadora, no Guarujá (SP), Bolsonaro citou um suposto estudo afirmando que o medicamento não causa arritmia cardíaca.
“Eu sei que eu não sou médico. Mas conversei com muitos médicos ou você acha que eu inventei a cloroquina?”, questionou Bolsonaro, dirigindo-se à câmera no vídeo ao vivo.
“Vou chutar aqui, vou chutar. Por volta de 30% das mortes poderiam ser evitadas com hidroxicloroquina usando na fase inicial”, declarou o presidente.
Além disso, outra solução, nas palavras de Bolsonaro, é a vitamina D.
“Uma maneira de você conseguir vitamina D é pelo sol e a vitamina D ajuda aí a combater o vírus”, declarou. A partir disso, ele falou das praias fechadas na crise, novamente sem apresentar provas.
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Foto: Alan Santos/PR
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