A caminho de greve geral, mais servidores entregam cargos a Bolsonaro
O movimento dos servidores do BC segue o mesmo caminho já adotado pelos fiscais da Receita Federal

Diamantino Junior
Publicado em: 03/01/2022 às 17:46 | Atualizado em: 03/01/2022 às 17:46
O Sindicato dos Servidores do Banco Central (Sinal) convocou nesta segunda-feira (3) a categoria a entregar os cargos comissionais em protesto por reajustes salariais. O BC tem 3,5 mil servidores na ativa e cerca de 500 funções comissionadas. Ainda não há um balanço da adesão.
O objetivo é pressionar por uma reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que vem sendo solicitada desde o final do ano passado. A falta de funcionários em cargos comissionados pode dificultar o funcionamento da instituição. Procurado, o BC não comentou o assunto.
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“Existe um descontentamento muito grande na categoria, porque estamos há três anos sem reajuste. Fizemos muitas entregas como, por exemplo, o pix diz Fabio Faisal, presidente do sindicato. Ele calcula uma defasagem de 26,3% nos salários da categoria em relação à inflação.
O movimento dos servidores do BC segue o mesmo caminho já adotado pelos fiscais da Receita Federal. No órgão, já foram entregues 1.237 cargos comissionados e alguns portos estão em “operação padrão”, que atrasa a liberação de mercadorias. Um exemplo é o porto de Santos.
Os servidores públicos em geral estão insatisfeitos com os reajustes previstos no Orçamento para os policiais federais e policiais rodoviários a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Se não for alcançado um acordo com o governo federal, a elite do funcionalismo já prepara uma paralisação para o dia 18 de janeiro.
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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil