Abin paralela: espionagem leva Bolsonaro e filho e Ramagem a novo processo

Entre os alvos da espionagem estavam autoridades do JudiciĂ¡rio, Legislativo e Executivo, alĂ©m de jornalistas

Abin paralela: espionagem leva Bolsonaro e filho e Ramagem a novo processo

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas

Publicado em: 17/06/2025 Ă s 09:48 | Atualizado em: 17/06/2025 Ă s 09:51

A espionagem montada pela chamada Abin paralela durante o governo Jair Bolsonaro (PL) levou ao indiciamento do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

É que a PolĂ­cia Federal (PF) concluiu o inquĂ©rito e o relatĂ³rio final pede o indiciamento dos envolvidos. AlĂ©m deles, tambĂ©m de Luiz Fernando CorrĂªa, atual diretor da AgĂªncia Brasileira de Informações (Abin) e delegado da PF, estĂ¡ entre os implicados pela apuraĂ§Ă£o.

Conforme publicaĂ§Ă£o do g1, ao todo, 35 pessoas foram indiciadas.

Como resultado, a PF concluiu:

  • – Ramagem, que foi diretor da Abin sob Bolsonaro, estruturou o esquema de espionagem ilegal de pessoas consideradas pelo governo do ex-presidente como adversĂ¡rias.
  • – Carlos Ă© apontado como o chefe do gabinete do Ă³dio, que usava as informações obtidas ilegalmente para atacar publicamente os alvos por meio das redes sociais.
  • – Bolsonaro, segundo os investigadores, sabia e se beneficiava do esquema.
  • – JĂ¡ a atual direĂ§Ă£o da Abin teria agido para obstaculizar as apurações, que se desenrolaram sob o atual governo.

Ao mesmo tempo, ass investigações indicaram que policiais, servidores e funcionĂ¡rios da Abin formaram uma organizaĂ§Ă£o criminosa para monitorar pessoas e autoridades pĂºblicas. Com isso, invadiram celulares e computadores durante a gestĂ£o Bolsonaro.

Dessa forma, os servidores da Abin usavam instrumentos adquiridos pela agĂªncia durante os governos Bolsonaro e Michel Temer (MDB) para coletar ilegalmente informações e alimentar o gabinete do Ă³dio.

AlĂ©m disso, entre os alvos da espionagem estavam autoridades do JudiciĂ¡rio, Legislativo e Executivo, alĂ©m de jornalistas.

Assim como, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) estaria entre os alvos do grupo.

Ainda segundo a informaĂ§Ă£o, alĂ©m dele, os ex-presidentes da CĂ¢mara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia, alĂ©m do senador Renan Calheiros (MDB-AL), entre outros.

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