Advogado de Dilma é um dos ministros votantes no TSE

Publicado em: 09/06/2017 às 15:45 | Atualizado em: 09/06/2017 às 15:45
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por unanimidade, na tarde desta sexta-feira (9), um pedido do Ministério Público Federal para impedir o ministro Admar Gonzaga (foto) de votar no julgamento da chapa Dilma-Temer.
O pedido foi feito pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, na retomada da sessão, pouco depois das 15h.
Dino alegava que Gonzaga advogou para a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff em 2010, que teria sido contaminada com recursos ilegais, conforme provas do processo que analisa a campanha de 2014.
Gonzaga respondeu que desde 2013 não atua mais em causas eleitorais e defendeu seu direito de votar no julgamento, no que foi apoiado pelos colegas.
O pedido de Dino levou o presidente do TSE, Gilmar Mendes, a uma reprimenda. Irritado, ele disse que, se o Ministério Público já sabia da informação, deveria ter se manifestado no início do processo, e não no final, para “surpreender” a Corte.
“É preciso que o Ministério Público tenha lealdade processual. […] É preciso que o MP assuma o seu papel e respeite o tribunal. Não se pode agir coagindo o tribunal”, disse Mendes.
Fonte: G1
Foto: Divulgação/TSE