AM engordou 5,81% com impostos, mas investimentos caĂram 26,8%

Publicado em: 11/02/2018 Ă s 10:55 | Atualizado em: 11/02/2018 Ă s 10:55
O Amazonas estĂ¡ no “top five” (cinco primeiros) entre as 26 unidades da federaĂ§Ă£o e o Distrito Federal que registraram os mais significativos desempenhos na evoluĂ§Ă£o de suas receitas tributĂ¡rias no ano passado, em contraste com os investimentos em obras e serviços, em que o estado estĂ¡ entre os piores.
A publicaĂ§Ă£o tambĂ©m fez comparaĂ§Ă£o do dinheiro arrecadado com o que foi investido. Neste caso, a situaĂ§Ă£o do Amazonas se inverte. De trĂ¡s para frente, ele fica em quarto colocado, ou seja, na 24ª colocaĂ§Ă£o.
A queda foi de 26,86%.
Ou seja, no ano em que teve trĂªs governadores (JosĂ© Melo_Pros, David Almeida_PSD e Amazonino Mendes_PDT), o estado guardou mais dinheiro do que aplicou no serviço pĂºblico.
Na arrecadaĂ§Ă£o, o Amazonas estancou queda provocada pela crise econĂ´mica no paĂs entre 2015 e 2016, arrecadando mais com impostos em 2017.
O recolhimento chegou a R$ 7,800 bilhões contra R$ 7,372 bilhões do exercĂcio anterior, o que fez com que se aproximasse da casa dos 6% (5,81%), que garantiu a quarta melhor colocaĂ§Ă£o entre os entes federativos que mais cresceram em 2017, na comparaĂ§Ă£o com 2016.
A informaĂ§Ă£o foi publicada na ediĂ§Ă£o deste domingo, dia 11, do jornal Folha de S.Paulo, que colheu os dados no relatĂ³rio consolidado da gestĂ£o fiscal dos estados junto ao Tesouro Nacional.
A Folha diz que um dos fatores que contribuĂram com essa recuperaĂ§Ă£o, alĂ©m da melhora na economia, estĂ£o as medidas tomadas pelos estados para enxugar a mĂ¡quina.
Neste caso, para o Amazonas, significa dizer que o ex-governador JosĂ© Melo, hoje preso acusado de corrupĂ§Ă£o, deixou a bola na marca do pĂªnalti, mas nĂ£o disparou o chute, tambĂ©m nĂ£o disparado por seus sucessores. Ele foi afastado do mandato em 4 de maio de 2017.
O BNC tambĂ©m consultou os dados dos Tesouro e observou que o atual governador, Amazonino, ainda nĂ£o aplicou o salto tributĂ¡rio que recebeu e jĂ¡ acumula grande gordura para 2018.
É que, de acordo com dados do relatĂ³rio consolidado da gestĂ£o fiscal, que os estados sĂ£o obrigados a enviar para a UniĂ£o, Amazonino recebeu um salto do exercĂcio anterior da ordem de R$ 1,6 bilhĂ£o e hoje jĂ¡ tem entesourado cerca de R$ 2,3 bilhões.
O relatĂ³rio diz ainda que o governo, hoje, tem um saldo em caixa de R$ 2,27 bilhões, jĂ¡ que estĂ¡ somado ao acumulado de 2016 mais a falta de investimentos, mostrado pela prĂ³pria execuĂ§Ă£o fiscal.
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Foto: ReproduĂ§Ă£o/Folha