Amigo do Bolsonaro 04 e suas festas, depoente da CPI levava mulheres

Segundo o vice da CPI, durante toda a pandemia o lobista promoveu festas em casa, muitas delas com a participação de Jair Renan, filho do presidente da República

Ferreira Gabriel

Publicado em: 15/09/2021 às 11:56 | Atualizado em: 15/09/2021 às 11:56

O depoimento de Marconny Albernaz de Faria, apontado como lobista, marcado para hoje na CPI da Covid, não deverá girar apenas em torno de sua atuação como intermediário da Precisa Medicamentos.

Os diálogos em aplicativos de mensagens em poder da comissão revelam outra faceta de Marconny.

“Entre outras coisas, ele é uma espécie de Tinder, um agenciador de mulheres”, revelou à coluna o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

Segundo o senador, durante toda a pandemia o lobista promoveu festas em casa, muitas delas com a participação de Jair Renan, filho do presidente da República.

“As festanças que ele faz têm obrigatoriamente os seguintes requisitos: bom som, boa comida, políticos influentes e muitas mulheres bonitas”, explica Randolfe.

Pelo que consta das mensagens analisadas por integrantes da comissão, Marconny procura essas mulheres onde quer que elas estejam, para ajudar em seus objetivos de lobby.

“Quando ele sabe, por exemplo, de uma moça bonita em Manaus, manda uma bolsa Louis Vuitton para ela lá no Amazonas, traz ela para cá (Brasília) e ‘entrosa’ ela”, explica Randolfe.

Em algumas conversas, o lobista fala de valores oferecidos às mulheres. O vice-presidente da CPI explica que as provas estão no WhatsApp de Marconny, um arquivo de 320 mil páginas.

Leia mais na coluna de Chico Alves no UOL

Leia mais

Os muitos rolos do lobista do caso Covaxin que CPI tenta interrogar

Foto: Reprodução