O programa Bolsa Família teve seu último pagamento realizado ontem (29) e, agora, será substituído pelo Auxílio Brasil, lançado pelo governo Bolsonaro.
Foi, durante 18 anos, um dos principais meios de transferência de renda do mundo e atualmente contempla cerca de 14,6 milhões de famílias em todo o Brasil. Como informa o Correio Braziliense.
Conforme o cientista político Cristiano Noronha a mudança de nome feita por Bolsonaro visa descolar a imagem do ex-presidente Lula (PT) do Bolsa Família e colocar a do atual mandatário.
Noronha diz ainda que o presidente tenta fortalecer o programa a partir de um benefício ainda maior e, com isso, criar uma marca social.
“Os beneficiários desse programa são majoritariamente as pessoas do Norte e do Nordeste, e é justamente as duas regiões onde Lula tem maior vantagem sobre Bolsonaro, de acordo com as pesquisas de opinião”, ressaltou.
A princípio, o programa nasceu de uma junção de vários programas sociais gestados no governo Fernando Henrique Cardoso.
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Governo Lula
O Bolsa Família acabou associado ao governo Lula porque foi em 2003, no primeiro ano da gestão petista, que o Executivo decidiu utilizar o Cadastro Único para unir os benefícios existentes.
Sobretudo, entre as principais contrapartidas mantidas de outros programas estava a frequência escolar das crianças da família.
Além da necessidade de acompanhamento de saúde de meninos e meninas, que precisavam estar vacinados, e de gestantes.
Essa, segundo especialistas, é uma das características fundamentais para explicar o sucesso do programa.
É o que destaca o sociólogo Lejeune Mirhan:
“Muitos países se espelham no Bolsa Família para implantarem programas semelhantes”, acrescentou ele, que considera o Auxílio Brasil um programa ´”circunstancial`.”
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Foto: Divulgação/social.go.gov.br