Ida de Átila para PP de Rebecca custou R$ 10 milhões, diz IstoÉ

PP

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 14/05/2018 às 07:09 | Atualizado em: 14/05/2018 às 09:41

A troca de partido do deputado federal Átila Lins, do PSD para o PP da pré-candidata a governadora Rebecca Garcia, ocorrida na janela partidária de abril, aconteceu dentro de um esquema de liberação de recursos públicos e fundo partidário. A denúncia é da revista IstoÉ, neste final de semana.

Segundo a reportagem, Átila Lins teria sido beneficiado com liberação de R$ 7,65 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para suas bases eleitorais nos municípios de Fonte Boa, Tefé, Coari, Borba, São Paulo de Olivença e Carauari.

Como parte da negociação, o deputado receberá mais R$ 2,5 milhões para sua campanha à reeleição à Câmara dos Deputados, de acordo com a revista.

O plano montado pela direção nacional do PP, partido com mais de 30 parlamentares envolvidos nos crimes investigados pela operação Lava Jato, era se tornar, como realmente se tornou, a segunda maior bancada da Câmara, atrás apenas do PT. Sete deputados foram cooptados na janela partidária.

 

PP

 

São citados como cabeças do esquema de “compra” de deputados o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (Piauí), o ministro da Saúde da época, Ricardo Barros (Paraná) e o deputado Artur Lira (Alagoas).

O esquema tinha como base o uso de dinheiro público, com liberação de verba do FNS para as bases dos deputados que ingressassem no PP. Foram R$ 5,7 bilhões em janeiro, 6,5 em fevereiro e 9,3 bilhões de reais em março, o início do período permitido para troca partidária.

Átila Lins teria sido procurado pela IstoÉ, mas não respondeu. Leia a matéria completa.

 

Leia mais 

Joesley afirma ter doado mala com R$ 500 mil a senador do PP

Foto: BNC Amazonas