Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de oposição foram às ruas neste sábado (29), em atos contra o presidente Jair Bolsonaro e a gestão federal.
Os atos criticam a condução federal na pandemia, pedem a retomada do auxílio emergencial de R$ 600 e a vacinação em massa da população, além de defenderem o impeachment do presidente.
Leia mais
Segundo a Frente Brasil Sem Medo, uma das organizadoras do movimento, mais de 170 cidades brasileiras participam da mobilização. Há ainda a expectativa de atos em outros nove países neste sábado.
Os protestos vêm em resposta às manifestações de apoiadores do presidente, como a “motocada” que aconteceu no último domingo, 23, no Rio de Janeiro.
Apesar de abandonarem a defesa do “fique em casa”, os grupos defendem que é possível ir às ruas de maneira segura, com o uso de máscaras e distanciamento social.
Os motivos para a mudança de tom, segundo líderes dos movimentos, são tanto a manutenção de índices elevados de contaminação e mortes devido à pandemia, quanto a crise socioeconômica e o comportamento de Bolsonaro, que tem participado de sucessivos atos.
Além da Frente Brasil Sem Medo, também participam da organização dos protestos a Frente Brasil Popular, a Coalização Negra por Direitos, a União Nacional de Estudantes (UNE) e a Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
O movimento Acredito também é coorganizador dos atos em São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Sul.
Segundo o coordenador estadual da Frente Brasil Popular e da Central Única de Trabalhadores (CUT), Douglas Izzo, há preocupação da organização com o momento crítica da pandemia de covid-19.
Nos atos, Izzo afirma que terão brigadas de saúde para a distribuição de máscaras e também há orientação para manter o distanciamento.
“Os manifestantes estão na rua pelo ‘Fora Bolsonaro’, não só pelos crimes de responsabilidade que ele cometeu ao não preparar o País para combater a covid-19 e organizar a vacinação, mas também contra a política do governo.”
Izzo diz que a frente é contra a reforma administrativa, a violência policial contra jovens na periferia e a favor do auxílio emergencial de R$ 600.
Leia mais no Estadão
Foto: Reprodução