O auxílio emergencial contribuiu para a queda temporária da pobreza no Brasil. A constatação está no estudo “Covid, Classes Econômicas e o Caminho do Meio: Crônica da Crise”.
Os dados foram divulgado, nesta sexta-feira (9), pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social ).
De acordo com o estudo, 15 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza até agosto de 2020, uma queda de 23,7%. A comparação é feita com os dados fechados de 2019.
Conforme a definição usada pela FGV, a pobreza é caracterizada pela renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50).
Para o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, no entanto, este é o nível mais baixo de toda a série estatística. Isso se dá apesar de o país ainda registrar 50 milhões de pobres após esta queda.
“De maneira geral, a gente observou um boom social inédito, mesmo comparando com períodos pós-estabilização, que foram períodos de boom social. Em toda a série estatística a pobreza nunca esteve num nível tão baixo, são 50 milhões de brasileiros. A queda foi realmente inédita, de acordo com as séries estatísticas”.
Regiões
A redução de pobreza chegou a 30,4% na Região Nordeste e a 27,5% no Norte do país. No Sul, a redução foi de 13,9%. Já no Sudeste foi de 14,2% e no Centro-Oeste a queda chegou a 21,7%.
De acordo ainda com a FGV Social, essas regiões têm maiores parcelas do público-alvo do auxílio emergencial.
“O Brasil, nos nove meses do auxílio emergencial, até o final do ano, pretende gastar R$ 322 bilhões, cerca de nove meses são nove anos de Bolsa Família , uma injeção de recursos bastante substantivo”, destaca o pesquisador.
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Foto: reprodução/TV Gazeta