A recente participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em eventos promovidos pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem gerado inquietação no Palácio do Planalto. Às vésperas de deixar o comando do BC, Campos Neto esteve em agendas com integrantes do governo argentino de Javier Milei, levantando especulações sobre seu futuro político e possível aproximação com o governo paulista.
Agenda discreta e presença estratégica
Na última segunda-feira (2/12), Tarcísio recebeu no Palácio dos Bandeirantes o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, e Karina Milei, irmã do presidente argentino e secretária-geral da Presidência. Campos Neto, a convite do governador, participou de parte da agenda e acompanhou a comitiva até sua despedida, mas evitou aparições em registros oficiais.
Sua agenda oficial também sofreu alterações após o encontro. Inicialmente, constava como uma reunião com Caputo, mas foi posteriormente descrita apenas como um “cumprimento” ao ministro. Fontes ligadas a Campos Neto justificaram a visita pela amizade entre os dois, já que ele estaria em São Paulo no mesmo período.
Relação com Tarcísio reforça especulações
Ministros do Planalto têm observado com atenção a proximidade entre Campos Neto e Tarcísio, que já rendeu outros momentos de destaque. Em junho, o governador paulista organizou um jantar em homenagem ao presidente do BC após este ser condecorado pela Assembleia Legislativa de São Paulo.
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A presença de Campos Neto nas agendas reforça rumores de que ele possa assumir um papel relevante no governo paulista após sua saída do Banco Central.
A relação amistosa entre os dois líderes e a articulação política em torno de encontros internacionais aumentam as especulações sobre os próximos passos de Campos Neto e possíveis implicações para o cenário político nacional.
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil