Barroso vota a favor das provas indiretas, contra Melo

O ministro Luís Barroso acompanhou o relator e a ministra Luciana Lóssio nas preliminares do processo de cassação do governador José Melo (Pros) e do vice Henrique Oliveira (SD), mas foi favorável ao acórdão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM).

O ministro considerou que há provas “indiretas” de que a coligação do governador praticou compra de votos. A base da sua argumentação foi basicamente sobre a figura da empresária Nair Blair.

Barroso considerou que Nair atuava em conjunto com Evandro Melo, conforme consta no processo do TRE, sendo “reconhecida como assessora e intimamente ligada ao governador”.

Ele usou afirmações feitas pelos policiais federais e do motorista da empresária.

Considerou ainda que Nair era sócia-gerente de empresa que recebeu R$ 1 milhão do Governo do Estado, em contrato com secretaria-adjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP), para prestar serviço na Copa do Mundo de 2014. O contrato não teve licitação ou licença, disse o ministro.

Para Barroso, Melo e Henrique tinham, ao menos, ciência do que estava acontecendo.

Foto: BNC