BC estuda transferência de dinheiro sem necessidade de conta em banco

O Banco Central (BC) prevê um sistema de transferência instantânea sem precisar dos dados do destinatário

03/02/2020 13:31

O Banco Central (BC) estuda um sistema de transferência instantânea de dinheiro para qualquer tipo de conta corrente ou de pagamento, seja de pessoas físicas ou de um estabelecimento comercial, a qualquer hora, em qualquer dia da semana, sem precisar saber todos os dados do destinatário ou possuir uma conta bancária tradicional.

O procedimento, que começa a passar por testes neste mês e deverá ser implementado a partir de novembro, permite depositar dinheiro por meio de boletos e, assim, fazer as demais transações normalmente dentro da rede credenciada.

Após o lançamento, instituições financeiras de grande porte (como os bancos de varejo) e instituições de pagamento (como fintechs que trabalham com contas e carteiras digitais) serão obrigadas pelo BC a oferecerem esse serviço para os clientes.

“O sistema de pagamento instantâneo tem a característica de operar 24 horas por dia, sete dias por semana. Ele vai incluir todos as instituições financeiras e de pagamento. Hoje em dia, você tem o TED e o DOC, que englobam todo o sistema financeiro, mas eles não funcionam nesse esquema 24 por 7”, disse Angelo Duarte, chefe do departamento de competição do BC.

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Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o sistema permitirá enviar e receber dinheiro em dez segundos. A mudança busca ainda reduzir custos.

As chamadas e-wallets (carteiras digitais) já permitem pagamentos instantâneos entre seus usuários e em estabelecimentos credenciados às suas redes. No entanto, trata-se de sistemas fechados que, no geral, não se comunicam com os concorrentes.

Uma das características desse modelo é que não é preciso nem mesmo possuir uma conta bancária tradicional para utilizar as carteiras. É possível depositar dinheiro em cada uma delas por meio de boletos e, assim, fazer as demais transações normalmente dentro da rede credenciada.

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Foto: Reprodução/rapidonoar.com