A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado bolsonarista Marcel van Hattem (Novo-RS) por calúnia e injúria após ele proferir, em 14 de agosto, no plenário da Câmara, ataques ao delegado Fábio Alvarez Schor, que conduz investigações supervisionadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O parlamentar diz que Schor forjou “relatórios fraudulentos” para justificar a prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Martins foi preso em fevereiro como parte da operação Tempus Veritatis, que investiga ações golpistas, mas foi liberado em agosto por decisão do STF.
“Sabe o que eles [presos] têm em comum? Todos divulgaram a foto de mais um abusador de autoridade: Fabio Alvarez Schor. Falei ontem e repito aqui na Tribuna. E se ele não for covarde, que venha atrás de mim”, disse.
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Agora, Vatten foi às redes sociais chorar após saber do indiciamento. Em agosto, o deputado tinha feito acusações não comprovadas contra o delegado.
“Não tenho medo de falar e repito: eu quero que as pessoas saibam, sim, quem é este dito policial federal que fez vários relatórios absolutamente fraudulentos contra pessoas inocentes, inclusive contra Felipe Martins [ex-assessor de Bolsonaro na Presidência]”. Durante a mesma sessão, o parlamentar declarou que o delegado “se comporta como um bandido”: “Eu tenho imunidade parlamentar. Deveria até ter começado dizendo isso”.
A Polícia Federal avaliou que as declarações do parlamentar tinham a intenção de “constranger, humilhar e ofender” o delegado.
As acusações foram consideradas “extremamente graves” e, caso sejam comprovadas como infundadas, poderão resultar em punições mais rigorosas.
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Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara