Bolsonaristas pressionam Teich pela recomendação da cloroquina

Pressionado a recomendar oficialmente remédio que não tem eficácia comprovada, ministro vira alvo de ataques

General Pazuello seria o responsável pela "fritada" de Nelson Teich

Mariane Veiga

Publicado em: 12/05/2020 às 16:08 | Atualizado em: 12/05/2020 às 16:17

Menos de um mês após assumir o Ministério da Saúde,  bolsonaristas já pressionam o ministro Nelson Teich.

Dessa forma, por ele não dar suporte para bandeiras bolsonaristas, como o uso da cloroquina contra o coronavírus (covid-19).

Além do relaxamento de medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos para conter o vírus.

A defesa da cloroquina como esperança contra o coronavírus retornou com força nesta semana na militância bolsonarista.

O ministro da Saúde foi pressionado em hashtags nas redes sociais desde as primeiras horas dessa segunda-feira (11) a “liberar a cloroquina”.

Atualmente, o Ministério da Saúde permite que médicos receitem a cloroquina a pacientes com covid-19 em qualquer momento, mas não recomenda que esse seja o tratamento.

O argumento desde a era Mandetta no Ministério da Saúde é de que não há evidências científicas da eficácia do remédio contra o coronavírus.

Do mesmo modo, apenas indícios em testes preliminares, e que, por isso, não é possível fazer uma recomendação geral.

No entanto, para bolsonaristas da militância virtual, isso não importa.

Após Teich dizer na coletiva diária do Ministério que o remédio mais promissor até agora nos testes pelo mundo não é a cloroquina, mas o remdesevir, a hashtag Fora Teich ganhou força no Twitter.

Influenciadores digitais bolsonaristas pedem abertamente a queda do ministro e sua substituição pelo ex-ministro da Cidadania Osmar Terra.

Terra tem criticado abertamente as políticas das autoridades brasileiras, incluindo o Ministério da Saúde, contra o coronavírus.

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Foto: Júlio Nascimento/Presidência da República